EXEMPLARISMO, INCONSCIENTE COLETIVO, ARQUÉTIPOS - Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético

EXEMPLARISMO, INCONSCIENTE INDIVIDUAL E COLETIVO – ARQUÉTIPOS – do latim “EXEMPLAR” = original, modelo. É a doutrina que afirma existirem arquétipos (ver a seguir), ou modelos, das Coisas sensíveis; isto é, daquelas que são captadas ou percebidas pelos Sentidos (visão, tato, audição ...). A filosofia de Platão é “Exemplarista” na medida em que afirma serem “AS IDÈIAS” os modelos das Coisas sensíveis. ARQUÉTIPO é um termo, ou palavra, de uso freqüente em Filosofia e por isso, estudaremos o mesmo com mais profun-didade. Segundo o Dicionário “Aurélio”, páginas 167 e 168, Arquétipo vêm do grego “ARCHÉTYPON” e significa “Modelo de Seres Criados”; ou padrão, exemplar, modelo, protótipo. Em Psicologia esse termo foi utilizado à larga por JUNG (Carl Gustave 1875/1961, Suíça), psicólogo e psicanalista, para designar os elementos (as coisas, os seres, os fatos) que formam as “IMAGENS PSÍQUICAS DO INCONSCIENTE COLETIVO1”. Imagens que são um patrimônio de toda Humanidade e que são as “Causas Primeiras (ou os motivos mais básicos)” dos Com-portamentos Individuais. Ao contrário de Freud, de quem foi aluno, aliás que afirmava que os “desejos sexuais reprimidos” são a base do comportamento humano (principalmente os doentios e/ou desajustados moral e socialmente). Ver Freu-dismo. Citamos abaixo alguns exemplos de arquétipos e na seqüência estudaremos os Inconscientes. Arquétipos Universais = “O Paraíso Perdido”, o “Dragão”, o “Circulo” etc. observa-se que essas figuras ou arquétipos estão em todos os Campos, seja na Mitologia, na Religião ou na Álgebra etc. 1.INCONSCIENTE INDIVIDUAL – o Inconsciente Indivi-dual é o conjunto de fatos e processos psíquicos (pen-samentos, elucubrações, sonhos etc.) que atuam so-bre a forma do Indivíduo agir; porém, esses proces-sos, idéias, fatos, pensamentos, sonhos etc. fogem da Consciência ou do Estado de Vigília (em que o Indivíduo está acordado e sabendo o que faz) e não se consegue torná-los Conscientes, mesmo que haja vontade e necessidade. São imagens que afloram apenas em momentos em que a Vigília sofre alguma interrupção, como quando o Indivíduo dorme e recebe aquelas i-magens, pensamentos etc. em forma de sonhos. Ou então quando lhe “escapa” algum comentário inoportuno e em hora imprópria; é o chamado “ATO FALHO”. Além, é claro, naqueles indivíduos doentes mentais; ou seja, os neuróticos, os psicóticos e outros. 2.INCONSCIENTE COLETIVO – é a parte do Inconsciente Individual que provem das Experiências vividas pelos ancestrais e que se tornam perceptíveis em certos símbolos ou emblemas que são encontrados nas Len-das, nas Mitologias e afins. Os “ARQUÉTIPOS UNI-VERSAIS ou COLETIVOS” são essas imagens, esses símbolos, os quais, para JUNG ajudam a modelar o comportamento dos Homens, mesmo que de maneira oculta e indireta.

Submited by

Monday, February 1, 2010 - 21:41

Prosas :

No votes yet

fabiovillela

fabiovillela's picture
Offline
Title: Moderador Poesia
Last seen: 8 years 34 weeks ago
Joined: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Comments

RobertoEstevesdaFonseca's picture

Re: Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético

Muito bom texto.

Gostei.

Um abraço,
Roberto

Add comment

Login to post comments

other contents of fabiovillela

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Videos/Poetry As Cidades e as Guerras - A Canção de Saigon 0 16.874 11/20/2014 - 15:05 Portuguese
Videos/Poetry As Cidades e as Guerras - A Canção de Bagdá 0 19.740 11/20/2014 - 15:02 Portuguese
Videos/Poetry As Cidades e as Guerras - A Canção de Sarajevo 0 16.676 11/20/2014 - 14:58 Portuguese
Poesia/Dedicated Negra Graça Poesia 0 2.755 11/20/2014 - 14:54 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Final - O Contrato Social 0 5.166 11/19/2014 - 21:02 Portuguese
Poesia/Dedicated A Pedra de Luz 0 3.991 11/18/2014 - 15:17 Portuguese
Poesia/Love Chegada 0 4.096 11/16/2014 - 15:33 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte XIX - A Liberdade Civil 0 5.304 11/15/2014 - 22:04 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte XVIII - A teoria da Vontade Geral 0 7.710 11/15/2014 - 22:01 Portuguese
Poesia/Dedicated Partidas 0 2.983 11/14/2014 - 16:13 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte XVII - A transição para a Liberdade Civil 0 6.453 11/14/2014 - 15:06 Portuguese
Poesia/Love Diferenças 0 3.170 11/13/2014 - 21:25 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte XVI - A Liberdade Natural 0 5.265 11/12/2014 - 14:46 Portuguese
Poesia/Love Tramas 0 3.515 11/11/2014 - 01:47 Portuguese
Poesia/General A mulher que anda nua 0 4.066 11/09/2014 - 16:08 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte XV - Emílio e a pedagogia rousseauniana 0 10.975 11/09/2014 - 15:21 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte XIV - A transição para o Estado de Civilização 0 5.700 11/08/2014 - 15:57 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte XIII - O homem no "Estado de Natureza" 0 6.015 11/06/2014 - 22:00 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte XII - As Artes e as Ciências 0 3.676 11/05/2014 - 19:47 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte XII - A Religião 0 10.390 11/03/2014 - 14:58 Portuguese
Poesia/General Os Finados 0 2.108 11/02/2014 - 15:39 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte XI - O amor e o ódio 0 5.664 11/01/2014 - 15:35 Portuguese
Poesia/General A Canção de Bagdá 0 3.751 10/31/2014 - 15:04 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte X - As grandes linhas do Pensamento rousseauniano 0 5.116 10/30/2014 - 21:13 Portuguese
Prosas/Others Rousseau e o Romantismo - Parte IX - A estada na Inglaterra e a desavença com Hume 0 6.777 10/29/2014 - 14:28 Portuguese