A tua carta
Recusei-me a dirigir-te a palavra,
Não posso negar, definitivamente
O medo invadiu-me, no consciente
Tudo o que a terra suporta moveu-se de forma brusca
E a verdade é que temi cair a teus pés.
Mas acredito, que os raciocínios lógicos que vês
É uma explosão de dor que quebra o escudo que és…
A saudade, vazia e ansiosa é o ar
Viciado e poluído que vou inalando inconscientemente
Como as folhas secas que caem, simplesmente
Por ser Outono no jardim da tua alma de azar
Sei que tudo, que o mundo onde vives
Os dias são maiores e escuros e que voas
De asas fechadas, o meu mundo seguras, magoas
E tudo o que não vejo, sei que existes.
Sei também que não reparaste, que o teu destino
Flutua ondolantemente numa atmosfera ausente á qual te moldo
E da forma que me julgas, sincronizando-te pelo coração
São leis, como muralhas intransponíveis que quebras em meditação
Anseio acordar em paralelo com o surrealismo
Que te guia e quadros vazios feitos da mesma pincelada
Onde surges pintada
Como figura que és…. Alada
A poesia que deixei de escrever, viciada e harmoniosos
Versos que te pintei em letras e esbeltos pontos.
Onde desenhava as tuas mãos e olhos….
Desculpa se desapontei os teus deuses,
Ao escrever as noites e os fogos que em ti existe.
Desculpa se fui refugio, ao qual recorreste para esconder os teus sentimentos,
Os estilhaços do teu silêncio, atribulados e barulhentos
São os meus corpos aos quais fiquei isento.
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Comments
Re: A tua carta
Um poema com arte, razão e sentimento!!!
:-)
Re: A tua carta
Uma carta de despedida não quer dizer um adeus eterno. Apenas a busca de algo longe da vista mas nunca longe do coração.
Muito bem archangel!
Abraço
Re: A tua carta
... Pareceu-me um texto de despedida... de desapontamento numa relação que já foi... mas que ainda tem feridas abertas...
Adorei o poema!
Parabéns pela sua escrita!
Abraço
Ana Maria