CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A SAUDADE DÓI
A saudade dói
A saudade que dói mais fundo é irremediavelmente,
A própria saudade que temos da gente,
De princípio longínquo que já tivemos,
Do que já fomos e perdemos e agora já não temos.
O passado não reconhece o seu lugar está sempre presente,
Nas nossas recordações tardias nunca está ausente,
Todos os dias se manifesta e nós não nos apercebemos,
Pois ele está em todas as pequenas coisas que vivemos.
Quando nos lembramos dele mais frequentemente,
É quando queremos fazer e não podemos, é deprimente,
Lembramo-nos até onde podíamos ir e agora já não vamos,
E temos a consciência que o nosso futuro encurtamos.
As saudades começam a nascer e doem suavemente,
À medida que a nossa vida vai andando para a frente,
Para cortar a meta que o tempo nos traçou,
E quando esta certeza nos acontece, tudo acabou.
Das nossas próprias saudades só nós é que sabemos do porquê,
É como a dor que nos ataca, só nós sentimos e ninguém vê,
É silenciosa e vai corroendo lentamente o nosso coração,
E às vezes até choramos porque não lhe podemos dizer não.
A idade da razão eu não sei quantos anos ela tem,
E também não sei quando ela nasce e donde vem,
Só sei que o passado tem razão mas já o perdi,
Tenho saudades do que devia ter feito e não consegui.
É por esta razão que a vida pode deixar saudade,
O que deixamos para trás já não vem, chegou a idade,
Talvez seja a única razão que a razão conhece,
Quando só nos resta a saudade e o tempo ido já não acontece.
Tavira, 23 de Março de 2011 - Estêvão
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1004 leituras
other contents of José Custódio Estêvão
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditação | UM SONHO | 0 | 1.282 | 12/21/2012 - 11:39 | Português | |
Poesia/Geral | À ESPERA DE UMA VIAGEM | 0 | 1.021 | 08/26/2012 - 15:07 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A JUVENTUDE PASSA | 2 | 1.125 | 06/16/2012 - 10:49 | Português | |
Poesia/Meditação | A VOZ DO DINHEIRO | 0 | 1.605 | 04/29/2015 - 16:14 | Português | |
Poesia/Amor | AO AMOR NÃO INTERESSA O TEMPO | 0 | 1.048 | 02/17/2013 - 13:20 | Português | |
Poesia/Meditação | AS MINHAS PERNAS | 0 | 921 | 11/29/2013 - 12:46 | Português | |
Poesia/Meditação | BRINCAR COM O FOGO | 0 | 815 | 02/07/2013 - 11:38 | Português | |
Poesia/Meditação | GANHAR UM AMIGO | 0 | 1.130 | 05/12/2013 - 11:19 | Português | |
Prosas/Pensamentos | 34- O HOMEM | 6 | 3.957 | 03/21/2018 - 16:04 | Português | |
Poesia/Meditação | À LAREIRA DA FÉ | 0 | 1.057 | 07/20/2013 - 12:28 | Português | |
Poesia/Meditação | A LUA | 0 | 694 | 10/27/2012 - 00:43 | Português | |
Poesia/Meditação | A SAUDADE DÓI | 0 | 1.004 | 06/15/2013 - 09:49 | Português | |
Poesia/Meditação | A SAUDADE DÓI | 0 | 753 | 06/15/2013 - 09:50 | Português | |
Poesia/Meditação | A TERRA QUE EU PISO | 0 | 7.675 | 09/10/2014 - 10:35 | Português | |
Poesia/Meditação | A ALMA TAMBÉM SANGRA | 0 | 1.227 | 02/04/2013 - 10:57 | Português | |
Poesia/Amor | A BELA ADORMECIDA | 0 | 2.056 | 04/22/2012 - 11:38 | Português | |
Poesia/Meditação | A CAÇA E O CAÇADOR | 0 | 3.888 | 12/30/2015 - 10:58 | Português | |
Poesia/Geral | A CHUVA | 0 | 670 | 01/24/2013 - 11:44 | Português | |
Poesia/Meditação | A CHUVA NÃO PÁRA DE CAIR | 0 | 729 | 02/09/2013 - 12:50 | Português | |
Poesia/Meditação | A CONSCIÊNCIA | 0 | 1.405 | 07/22/2015 - 10:28 | Português | |
Poesia/Meditação | A COR DA ALMA | 0 | 944 | 10/02/2012 - 10:03 | Português | |
Poesia/Alegria | A COR DO CÉU | 4 | 1.712 | 06/25/2012 - 13:49 | Português | |
Poesia/Meditação | A COR DO TEMPO | 0 | 990 | 01/16/2013 - 11:59 | Português | |
Poesia/Amor | A COR DOS TEUS OLHOS | 0 | 964 | 12/02/2012 - 18:55 | Português | |
Poesia/Intervenção | A DESGRAÇA DE UMA NAÇÃO | 0 | 1.453 | 03/09/2016 - 12:28 | Português |
Add comment