Fui só o que viste...

De mil brilhos me vesti em mil faces me transformei
De estrelas nasci, surgi para o futuro estelar
Dancei a dança nunca dançada, jamais imitada
Por caminhos encantados andei e em sonhos
Em pantera preta e reluzente me transformei
Teus olhos brilharam aplausos mil me deram
Fui estrela brilhante ora cadente, porem incandescente
Cantei, dancei fui um furacão que te arrasou e arrastou
Tua imaginação jamais me viu ou me sentiu
Solitária e intocável caminhei, até o último passo
A sombra da noite brilhe encantei e seduzi
E da luz do sol fugi, não sabes quem sou quem fui
Só restará a lembrança do que viste e sentiste
De mim falaram e falarão e nunca saberão
Por tempos sem fim se lembrarão da minha luz
Sou ator de sonho que jamais vistes e nunca sentirás
Fiz-te ver minha imaginação meu alucinário e vibraste
Aplaudiste e aplaudiras eternamente o meu que te mostrei
Sou som, dança, poesia amor e ódio, brilho e força
Imaginário que jamais decifrarás ou penetrarás
Só vim te fazer senti, vibrar e com feitiço te encantar
Fui-me sem explicação, pois não as tenho que dar
Não me conheceram sou estrela sempre a brilhar
Pois na minha solidão não penetraram para espiar
Sempre do meu brilho se lembrarão
E nas mil caras se inspirarão, e cantarão a ausência
Do sonho perdido que não mais voltará.