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QUEBRAR EM VÍRGULA DESCURVADA
De vidro me faço em caco deslocado,
estilhaço desfocado, opaco.
Quebrar em vírgula descurvada.
A volta de um círculo infechada.
Ir em ponta solta, de pente rente.
Sem volta de repente.
De chão me calço, varrido.
Inverno sem palco, carcomido.
Da pergunta resta o quê, fugidio.
Em palavra defunta, sem pio.
Partícula à deriva pelo vento
do era uma vez amanhã, fera tonta.
Gotícula vera e sã, em galope que me desmonta.
Sou chave debaixo de um tapete mental,
insacudido.
Rugido intemporal, acudido.
Cachecol enroscado ao pescoço do verso, inverso.
Cacho de sol no poço do universo, perverso.
O sei do olhar sai entrada larga, perfurada.
O sei de mim cai na estrada carga perfumada.
Cheiro-me a senão, invés vago.
Abeiro-me do último não, de pés em passo gago.
De mim me faço vida sem bainha,
ponto final sem nó nem tinta.
Do fim me chega a hora sozinha,
o agora em pó que me finta.
É confortável o meu desconforto, a eito torto.
Instável cume de lume absorto, morto.
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Comentários
henrique
mais um poema de excelência.
Beijo
Nanda
Um poema que deixa
Um poema que deixa tranaparecer uma miscelanea de sentimentos, de emoções, de revoltas, de angustias... um poema intenso e denso.
Facilmante imaginavel ao som de um rap...