MULHERES BELAS MULHERES

Decotes em amor e paixão,
seios profusos como se fossem deusas.

Musas como sol procedente do imaginário.

Vão elas pelas ruas lindas. Ninfas.

Divas que os olhos agasalham.

Luar desnudo
sobre a praia dos seus corpos. Completos.

Oxigénio do ar que o poeta respira,
como noite de Verão que inspira a poesia.

Vão elas graciosas madrugada fora. Infinitas.

Poema feminino, verso cálido. Sóbrio.

Mulheres belas, entroncadas de sensualidade.

Vaidade de quem sabe ser bonita. Perfeita.

Vontade de quem as sabe ver,
incendiadas por quem sabe olhá-las. Amá-las.

Vão elas libertas, desatadas do tempo. Flores eternas.

Olhares que por elas acima
descem aos subúrbios do pecado e nelas ardem.

Olhares que por elas abaixo
sobem ao azul do céu e nelas desmaiam.

Presença de palavras loucas,
volúpia maiúscula onde homem me confesso.

Ser de frases roucas, curvas
como luas cheias no calor da minha erectilidade.

Vão elas como sereias pelo mar dos meus olhos.

Doces candeias no meu quarto,
águas plebeias como suor numa cama de rosas.