Às Margens do Rio Paraguai
Em um dos lugares mais bonito da terra
Às margens do Rio Paraguai formoso
Ergue-se a princesinha,
Cáceres, de sonho tão ditoso.
Uma cidade bicentenária
De histórias e lendas sedutoras
Que abriga em seu seio as diferentes famílias
Que dessa sociedade são construtoras.
Casarões antigos retratam o passado
De pessoas que aqui lutaram para essa construção
Contrastam com o moderno
De mentes que fazem a revolução.
O pôr-do-sol no cais
É um espetáculo feito pelo criador
Onde os poetas e pensadores
Registram suas histórias de muito valor.
Ao olhar a destruição que fazem contigo
Os olhos choram a tristeza
De uma sociedade ambiciosa
Que só pensam construir a beleza.
Mas, que pensando costruirem, destroem
As belezas que existem em ti
Modificando, de forma predatória,
Tudo que foi construido aqui.
A Ponte Branca já não existe mais.
Pois, foi destruida sem piedade
Ela que contava grande história da cidade
Hoje, deixa apenas saudade.
Até quando o homem moderno
Que se diz civilizado e progressista
Vai destruir as belezas de ti
Por um ideal narcisista?
Obs: Este poema surge da indignação pela destruição das nossas belezas naturais. É um apelo, um grito de alerta.
Odair José
Poeta e Escritor Cacerense
http://odairpoetacacerense.blogspot.com
http://cinehistoriaojs.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 3978 reads
Add comment
other contents of Odairjsilva
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Fantasy | A Noiva da Ponte Branca | 6 | 3.564 | 09/28/2024 - 14:11 | Portuguese | |
Poesia/Love | Desejo que o tempo não desfaz | 6 | 3.420 | 09/24/2024 - 23:52 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | O velho, o menino e a moça | 6 | 3.305 | 09/23/2024 - 20:41 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | Ele que o abismo viu | 6 | 3.072 | 09/21/2024 - 04:18 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | O clamor da Terra | 6 | 5.179 | 09/19/2024 - 22:35 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Sacanagens camufladas | 6 | 2.983 | 09/15/2024 - 13:51 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Existência | 6 | 3.009 | 09/13/2024 - 22:35 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Fumaça | 6 | 1.757 | 09/10/2024 - 00:34 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Em algum ponto no universo | 6 | 4.722 | 09/08/2024 - 15:08 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Você está aqui | 6 | 1.532 | 09/05/2024 - 21:33 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Palavras que escorrem | 6 | 4.300 | 09/04/2024 - 20:53 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | As palavras que saem da mente | 6 | 2.912 | 09/03/2024 - 22:01 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Frankenstein | 6 | 2.188 | 09/02/2024 - 23:13 | Portuguese | |
Poesia/Passion | Corinthians, Tu és o Maior | 6 | 2.251 | 09/01/2024 - 13:53 | Portuguese | |
![]() |
Videos/Poetry | Entrevista com o Poeta Cacerense | 0 | 3.057 | 08/31/2024 - 21:52 | Portuguese |
Poesia/Song | A melodia do poeta | 6 | 3.127 | 08/30/2024 - 21:20 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | A vida segue o seu curso | 6 | 3.491 | 08/28/2024 - 23:17 | Portuguese | |
Poesia/Love | Porque te amo | 6 | 5.261 | 08/26/2024 - 15:42 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Os estranhos | 6 | 3.226 | 08/25/2024 - 14:20 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | O homem de barro | 6 | 3.986 | 08/24/2024 - 13:39 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Terra de silêncios | 6 | 2.426 | 08/23/2024 - 23:22 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | A noite é longa | 6 | 3.093 | 08/20/2024 - 20:35 | Portuguese | |
Poesia/Passion | No abraço do desejo | 6 | 2.993 | 08/20/2024 - 04:14 | Portuguese | |
Poesia/Passion | Quando o meu desejo te encontrar | 6 | 3.061 | 08/19/2024 - 02:08 | Portuguese | |
Poesia/Passion | Intimidade | 6 | 2.557 | 08/18/2024 - 14:32 | Portuguese |
Comments
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Mostra a destruição que a famosa construção do homem, faz com a natureza, tudo vira pura destruição.
Uma linda poesia ecológica e deperservação.
Parabens.
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Fantástico, o que fazes com as palaras...
De facto é lamentável o que se faz ou desfaz na terra que nos acolhe
Gostei do teu carinho
Beijos
Dolores
Re: Às Margens do Rio Paraguai
perfeito, devemos todos nós conservar as nossas belezas naturais, gostei imenso, parabens
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Caceres linda e amada... Que saudades sinto de ti... Estou longe pra poder tratar-me da saude, mas de Caceres jamais esquecerei nao!
Sinto falta tambem do coreto da praca Barao... (Ja nao existe mais...) E as fazendas Facao e outras... Com seus lindos casaroes... Falta a conservacao!
Caceres e Rio Paraguai um amor sem fim! (leia Odair eu que fiz) Estou com saudades da terra onde nasci. Abracos...
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Mas, que pensando costruirem, destroem
As belezas que existem em ti
Um dos meus favoritos ;-)
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Penso que temos que utilizar de todos os meios possíveis para combater a destrução do nosso planeta... a poesia é uma dessas formas.
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Aplausos...
:-) Vamos reivindicar :-?
Re: Às Margens do Rio Paraguai
A poesia pode ser um instrumento privilegiado para denunciar a ação predatória sobre a natureza. Poesia com todo sentido.
Parabéns!
Sandra.