Do exílio não se regressa

Do exílio não se volta,
Da prisão não se foge,
Não há de a alma ter fome,

De nada lhe vale fugir,
Regressar onde não cabe,
Onde lhe dizem que se cale,

O caminho fez-se pra pôr fim
À lonjura, não à distância,
Que tudo afasta e consome,

O que fica pra trás é som
Que não se ouve perfeito,
Não me diz quem sou ao certo,

Julguei-me à própria vida preso,
Apenso à alma que venho,
Como a todas as coisas de í fora,

Me manda ser eu, sem escolha,
Sem vontade de ser outra coisa
Senão símbolo d’coisa f’rida,

De quem nada se espera.
Igual à fedida loucura,
Do exílio não se volta,

A menos que alguém sorria
Autêntico, do lado que os vivos
Usam estar da vida.

Jorge Santos 09 Dezembro 20/25

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com

Submited by

Thursday, December 11, 2025 - 20:56

Ministério da Poesia :

Your rating: None Average: 5 (1 vote)

Joel

Joel's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 2 hours 45 min ago
Joined: 12/20/2009
Posts:
Points: 43640

Comments

Joel's picture

Julguei-me à própria vida

Julguei-me à própria vida preso,
Apenso à alma que venho,
Como a todas as coisas de í fora,

Joel's picture

Julguei-me à própria vida

Julguei-me à própria vida preso,
Apenso à alma que venho,
Como a todas as coisas de í fora,

Joel's picture

Julguei-me à própria vida

Julguei-me à própria vida preso,
Apenso à alma que venho,
Como a todas as coisas de í fora,

Joel's picture

Julguei-me à própria vida

Julguei-me à própria vida preso,
Apenso à alma que venho,
Como a todas as coisas de í fora,

Joel's picture

Julguei-me à própria vida

Julguei-me à própria vida preso,
Apenso à alma que venho,
Como a todas as coisas de í fora,

Joel's picture

Julguei-me à própria vida

Julguei-me à própria vida preso,
Apenso à alma que venho,
Como a todas as coisas de í fora,

Joel's picture

Julguei-me à própria vida

Julguei-me à própria vida preso,
Apenso à alma que venho,
Como a todas as coisas de í fora,

Joel's picture

Julguei-me à própria vida

Julguei-me à própria vida preso,
Apenso à alma que venho,
Como a todas as coisas de í fora,

Joel's picture

Julguei-me à própria vida

Julguei-me à própria vida preso,
Apenso à alma que venho,
Como a todas as coisas de í fora,

Joel's picture

Julguei-me à própria vida

Julguei-me à própria vida preso,
Apenso à alma que venho,
Como a todas as coisas de í fora,

Add comment

Login to post comments

other contents of Joel

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Ministério da Poesia/General Do avesso 19 3.514 12/30/2025 - 16:26 Portuguese
Ministério da Poesia/General “Hannibal ad Portus” 14 4.386 12/30/2025 - 10:06 Portuguese
Poesia/General “Mea Culpa” 30 3.820 12/30/2025 - 10:05 Portuguese
Ministério da Poesia/General Doa a quem doa, o doer … 67 4.755 12/30/2025 - 10:04 Portuguese
Poesia/General “Falar é ter demasiada consideração pelos outros” 60 3.352 12/30/2025 - 10:02 Portuguese
Poesia/General A verdade por promessa 29 3.096 12/30/2025 - 10:02 Portuguese
Ministério da Poesia/General As palavras apaixonam-me 46 4.353 12/30/2025 - 10:01 Portuguese
Ministério da Poesia/General Com’um grito 38 3.856 12/30/2025 - 10:00 Portuguese
Ministério da Poesia/General Do que tenho dito … 27 4.211 12/30/2025 - 09:59 Portuguese
Ministério da Poesia/General Pouco sei, pouco faço 34 2.991 12/30/2025 - 09:58 Portuguese
Ministério da Poesia/General Neruda Passáro 23 4.586 12/30/2025 - 09:58 Portuguese
Ministério da Poesia/General Má Casta 21 4.408 12/30/2025 - 09:56 Portuguese
Ministério da Poesia/General Se eu fosse eu 20 2.576 12/30/2025 - 09:55 Portuguese
Ministério da Poesia/General A importância de estar … 16 3.612 12/30/2025 - 09:55 Portuguese
Ministério da Poesia/General A dança continua 13 6.665 12/30/2025 - 09:54 Portuguese
Poesia/General Água turva e limpa 28 399 12/11/2025 - 21:26 Portuguese
Poesia/General Escrever é pra mim outra coisa 26 737 12/11/2025 - 21:24 Portuguese
Ministério da Poesia/General Mãos que incendeiam sóis, 18 247 12/11/2025 - 21:23 Portuguese
Poesia/General A morte tempera-se a frio 18 278 12/11/2025 - 21:21 Portuguese
Poesia/General Atrai-me o medo 33 363 12/11/2025 - 21:21 Portuguese
Poesia/General Não sendo águas 23 138 12/11/2025 - 21:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Nunca fiz senão sonhar 27 357 12/11/2025 - 21:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General O Ser Português 29 330 12/11/2025 - 21:18 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sou homem de pouca fé, 25 353 12/11/2025 - 21:18 Portuguese
Ministério da Poesia/General Às vezes vejo o passar do tempo, 19 293 12/11/2025 - 21:17 Portuguese