Introspectivo, Demasiado Introspectivo II

A sinonímia que insufla o meu cemitério,
Insulta o seminário afônico e desfigurado
Que carrego neste vernáculo sem critério,
De caráter arrítmico e laboriosamente suturado,

Do postulado A-sígnico refratado a vácuo
Ao sangue vertido, o abrigo é inócuo,
Pois, a frustração dilacera o que lhe convém;
Eis a reflexão que grita nestas linhas. Indo além,

Assim sigo alternado de erro em erro,
Do sangue negro que condecora este enterro
A incerteza que conjura minha poética da ingratidão,

Eu declamo a pleno pulmão minha monstruosidade,
Pois, é sabido que a Dor não tem idade,
Afinal, o mimetismo das horas morre de inanição.

De saída, já peço desculpas pela formatação virtual do poema.

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Saturday, May 1, 2010 - 03:44

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malentacchi

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Re: Introspectivo, Demasiado Introspectivo II

Assim sigo alternado de erro em erro,
Do sangue negro que condecora este enterro
A incerteza que conjura minha poética da ingratidão,

Eu declamo a pleno pulmão minha monstruosidade...

A voz do pensamento gritada com alma!!!

:-)

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