O salto das horas

Capturei meu sonho na armadilha do sono
Salte!
Mas salte com toda força do mundo para fora de ti mesmo
Erga bandeira ao ferro de seu verdadeiro nome
Não deixe cair de seu semblante o que inexiste,
A vontade que transforma perguntas em mais perguntas.

Tu sabes muito bem!

E digo para o rosto que aparece no espelho seco e material,
Empunho sua sorte, fodo com sua imagem recalcada.

Quero do espelho da alma a resposta de minhas indagações.

Aflito, fito meus olhos até me ver dentro da cisterna que me prende,
Dentro do escuro de possibilidades
E ansioso por novas lentes de novidades.

Combalido cambaleio bêbado nas palavras.

(O Todo como Um,
Um como um Todo)

O livro sempre morre quando lido
E renasce mais forte na mente daquele que o lê
Reencarnando no mundo da mente
Após ter vivido em letras e papéis
Páginas e capítulos.

Eu nasci para ser um objeto
Um abajur na cabeceira da cama
Para plagiar o que o leitor lê
O que o poeta escreve
O que o sonhador sonha antes de dormir
E sou incapaz de tal plágio
Quando desligado pelas mãos
Que não se cansam de me apagarem
Para apagarem-se.

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Wednesday, December 16, 2009 - 23:53

Ministério da Poesia :

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