INSULTO

Insulto

 

 

 

A terra insultada vinga-se dando flores,

Em troca das feridas  e dos horrores,

Que todos lhe fazemos sem antes pensar,

Que vivemos nela, devíamos beijar,

Esta terra que pisamos com desprezo,

Sendo ela nossa mãe desde o terno berço.

 

Caem as bombas fica a terra desventrada,

E a terra em troca, fica calada,

Cria sementes nas feridas cheias de água,

Sem vingança e sem motivos de mágoa,

Cria vida para tapar o luto da morte,

E deixa os homens decidir a sua sorte.

 

Cortam os seus braços erguidos ao céu,

Deixam a terra nua insultada, nem tudo se perdeu,

Opera transformações mas não muda o seu semblante,

Continua a dar flores sem se tornar arrogante,

Dando exemplos aos seus filhos de benevolência,

Mas esta terra que faz nascer também perde a paciência.

 

O que os seus filhos levam anos a fazer,

Esta terra em segundos de tempo faz tudo morrer,

Mas não é de vingança, é a sua Natureza,

Dá flores aos seus filhos e eles dão-lhe tristeza,

Dá-lhes também inteligência para poderem pensar,

Que tudo o que ela cria para ela tudo vai voltar.

 

A terra que insultamos jamais se vinga em nós,

Apenas nos cria e nos transforma, sem ter voz,

Dá-nos as condições para podermos viver,

Dá-nos as flores e o trabalho logo ao nascer,

E cada um de nós que haja segundo a sua vontade,

E cada um com o seu conceito de felicidade.

 

 

Tavira, 25 de Junho de 2011-Estêvão

Submited by

Martes, Noviembre 26, 2013 - 12:31

Poesia :

Sin votos aún

José Custódio Estêvão

Imagen de José Custódio Estêvão
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 3 años 11 semanas
Integró: 03/14/2012
Posts:
Points: 7749

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of José Custódio Estêvão

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Fantasía DANÇA DOS SONHOS 0 1.379 12/18/2015 - 10:46 Portuguese
Poesia/Meditación OS PASSOS QUE EU DOU 0 2.634 12/09/2015 - 11:59 Portuguese
Poesia/Meditación QUERO SER EU PRÓPRIO 0 3.018 12/02/2015 - 17:15 Portuguese
Críticas/Varios O MEU EU E O OUTRO 0 12.558 11/25/2015 - 11:38 Portuguese
Poesia/Amor FALTA DE AMOR 0 4.355 11/18/2015 - 12:36 Portuguese
Poesia/Meditación DE PASSO APÓS PASSO 0 4.039 11/11/2015 - 11:28 Portuguese
Poesia/Amor SENTE-SE E NÃO SE VÊ. 0 3.078 11/09/2015 - 12:17 Portuguese
Poesia/Meditación PRINCÍPIO E FIM 0 3.296 10/22/2015 - 10:17 Portuguese
Poesia/Meditación VIVENDO 0 4.852 10/14/2015 - 10:47 Portuguese
Poesia/Meditación O SEGURO E APRUDÊNCIA 0 4.703 10/07/2015 - 10:59 Portuguese
Poesia/Amor O AMOR É CEGO 0 3.041 09/30/2015 - 10:04 Portuguese
Poesia/Amor AI O SABONETE 0 4.037 09/24/2015 - 09:50 Portuguese
Poesia/Meditación LÁGRIMAS 0 3.045 09/16/2015 - 17:21 Portuguese
Poesia/Meditación A RODA DO TEMPO 0 4.297 09/09/2015 - 15:59 Portuguese
Poesia/Amor OS TEUS ABRAÇOS 0 2.271 09/02/2015 - 10:46 Portuguese
Poesia/Meditación A REFORMA 0 3.338 08/19/2015 - 09:59 Portuguese
Poesia/Meditación A MINHA CAMA 0 4.559 08/12/2015 - 09:53 Portuguese
Poesia/Intervención SONETO À CRISE 0 3.142 08/05/2015 - 09:52 Portuguese
Poesia/Meditación SER SONHADOR SEM SER 0 3.082 07/29/2015 - 09:52 Portuguese
Poesia/Meditación A CONSCIÊNCIA 0 4.788 07/22/2015 - 10:28 Portuguese
Poesia/Amor DO LONGE SE FAZ PERTO 0 2.879 07/15/2015 - 09:48 Portuguese
Poesia/Meditación A FELICIDADE TAMBÉM SE MULTIPLICA 0 2.584 07/08/2015 - 09:41 Portuguese
Poesia/Meditación SOU E SEREI 0 4.089 07/01/2015 - 10:28 Portuguese
Poesia/Fantasía ERA UMA VEZ 0 2.991 06/25/2015 - 09:28 Portuguese
Poesia/Meditación AI SE EU SOUBESSE 0 3.140 06/17/2015 - 11:01 Portuguese