CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
TERRA BENDITA
Terra bendita
Quando eu deixar de consumir a terra, consome-me a terra a mim,
Foi ela que me fez nascer e por isso estou aqui,
Foi ela que me deu a vida e a inteligência do meu ser,
Depois de me dar a felicidade, a seguir me faz morrer.
A terra é a minha mãe a casa do meu pai e os dois também pariu,
Foi ela que juntou os dois e pelo o amor também os uniu,
E assim faz a toda a gente, para não sentir abandonada,
E assim vivemos todos numa ganância desmedida e alucinada.
A terra todos os dias me faz trabalhar para pagar para viver,
Faz-me viver de ilusões e andar sempre a correr,
De um lado para o outro, no amanhã sempre pensando,
E do nascer ao morrer lentamente me vai cansando.
Desde o nascer ao findar a terra é sempre pisada,
E pisado serei eu se para viver não fizer nada,
Por isso enquanto na terra viver eu quero sempre trabalhar,
Para ter o que é meu e no fim tenho que deixar.
De ilusões e de sonhos, eu tenho a terra que encher,
Pois é assim que se faz é assim que tenho que viver,
Umas vezes a chorar outras vezes a sorrir vou vivendo,
E a pouco e pouco a terra que me dá de comer me vai comendo.
Com estas certezas que não tenho nunca vou deixar de sonhar,
Para ir consumindo a terra que um dia hei-de deixar,
Enquanto este dia da certeza e da razão não vier,
Eu vou consumindo a terra que um dia me há-de comer.
Tavira, 31 de Março de 2011 - Estêvão
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1869 leituras
other contents of José Custódio Estêvão
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Comédia | PESQUEI UMA BOTA | 0 | 993 | 05/28/2012 - 10:53 | Português | |
Poesia/Geral | RELÓGIO DA TORRE | 0 | 192 | 05/28/2012 - 10:49 | Português | |
Poesia/Fantasia | FANTASIA | 0 | 446 | 05/27/2012 - 00:28 | Português | |
Poesia/Meditação | FOGO | 0 | 723 | 05/27/2012 - 00:23 | Português | |
Poesia/Meditação | QUANDO TINHA A TUA IDADE | 0 | 557 | 05/27/2012 - 00:16 | Português | |
Poesia/Meditação | O VELHINHO | 0 | 557 | 05/26/2012 - 11:14 | Português | |
Poesia/Amor | POR AMOR | 0 | 380 | 05/26/2012 - 11:12 | Português | |
Poesia/Meditação | ÁRVORE DE PEDRA | 0 | 419 | 05/26/2012 - 11:10 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A MINHA CAMA | 2 | 588 | 05/25/2012 - 19:45 | Português | |
Poesia/Geral | SONETO À CRISE | 2 | 549 | 05/25/2012 - 19:43 | Português | |
Poesia/Desilusão | GALINHEIRO | 2 | 1.042 | 05/25/2012 - 19:41 | Português | |
Poesia/Geral | UM PEIXE | 2 | 269 | 05/24/2012 - 16:21 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ABUTRES | 2 | 1.070 | 05/24/2012 - 16:17 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ENTRE A VERDADE E A MENTIIRA | 2 | 903 | 05/24/2012 - 16:00 | Português | |
Poesia/Meditação | NAQUELE TEMPO | 2 | 421 | 05/24/2012 - 09:53 | Português | |
Poesia/Amor | ROSAL | 1 | 724 | 05/24/2012 - 03:53 | Português | |
Poesia/Pensamentos | VENTO | 1 | 514 | 05/24/2012 - 03:52 | Português | |
Poesia/Pensamentos | AMBIÇÃO DEMASIADA | 1 | 1.227 | 05/24/2012 - 03:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A FORÇA DA VIDA | 3 | 3.088 | 05/24/2012 - 03:11 | Português | |
Poesia/Amor | PAI E MAE | 1 | 607 | 05/24/2012 - 03:03 | Português | |
Poesia/Pensamentos | NADA É INSIGNIFICANTE | 4 | 1.385 | 05/22/2012 - 09:41 | Português | |
Poesia/Amor | DESCENDÊNCIA | 2 | 336 | 05/22/2012 - 09:36 | Português | |
Poesia/Amor | SEMENTES | 2 | 748 | 05/22/2012 - 09:32 | Português | |
Poesia/Meditação | O TEMPO QUE É TEU | 3 | 1.073 | 05/21/2012 - 09:52 | Português | |
Poesia/Geral | A TERRA QUE EU PISO | 1 | 640 | 05/21/2012 - 04:15 | Português |
Add comment