Dores ao relento

Costelas e pulmões invadidos,
O som da palavra da boca sufoca
Separa-se do eco como causo.

Pescoços guilhotinados de lâminas febris
Não amigo
Muito menos desespero do surpreendente

Espíritos sem licença aproximam-se
Todos os cavalos galopam para horizontes extraviados.

Vogamos caminhar pela onda rara do rio das trombas
Veja o escape que me pedes
A honra que procria
Se formos o rosto que se vira
Ou a pirâmide almofadada,
Cômodo dos aflitos e dos chapados.

Brincadeiras de nata do leite branco – superfície do velho

Respire meu caro, ainda estamos juntos!
Só que quando o aço do portão se fechar
Verás o acidente que te fez saltar até aqui.

Não era sete nem vinte...
Cada uva que caiu da parreira
Chora por tornar-se vinho.
Dança taças alegres por serem o que não foram suas irmãs.
Oh! Mera satisfação dum gole acre

Por um ano aquele velho coçou seus esféricos olhos
São pares pazes que se aproximam
De tão sofridas
Dos lábios livres queridos novamente.

Flecha arqueada do osso que pinga sangue
Como nós dedos que apertam teclas de pianos.

A chuva existia porque os pingos eram cristais da carícia

No outubro os pássaros voam feitos violões antigos no abrigo do toque
O perigo era palavra penetrada ao cimo monte
Pulo da cratera

Assentos ocupados por espíritos doidos
Com medo das palmas das mãos
Pérolas em sono

Corpos signos de Áries estirados ao chão,
Culpa do vento em colheita
Faces às águas pra terra chupar

Evocaram todos os astros sugados pelas galáxias
Na ponta destra da seta o rabiscão no maxilar em forma de parede de pedra
Que era antes planaltos brigões

Outras línguas vós ouvireis quando vossas almas fugirem todas
Para o simples cuidado após 
Escuros culposos do mistério

Ousamos ouvir gemidos sérios de todas as histórias contadas

Submited by

Tuesday, November 13, 2012 - 21:05

Poesia :

No votes yet

Alcantra

Alcantra's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 10 years 26 weeks ago
Joined: 04/14/2009
Posts:
Points: 1563

Add comment

Login to post comments

other contents of Alcantra

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Críticas/Books Quando Nietzsche chorou - Irvin D. Yalom 0 2.727 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Críticas/Movies O LIBERTINO 0 2.019 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Críticas/Books ULISSES de JAMES JOYCE 0 2.395 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Prosas/Drama Idas da Volta que ainda não sou 0 2.246 11/19/2010 - 00:05 Portuguese
Prosas/Others Apenas num jornal 0 1.359 11/19/2010 - 00:03 Portuguese
Prosas/Drama Saliva ácida 0 2.211 11/18/2010 - 23:56 Portuguese
Poesia/Meditation A hipocrisia do verme 0 2.356 11/17/2010 - 23:53 Portuguese
Poesia/Love Simplesmente Ela 4 1.256 09/11/2010 - 01:47 Portuguese
Poesia/General Emulação da candura 2 1.185 09/09/2010 - 17:20 Portuguese
Poesia/General Falésias debruçadas 4 1.376 08/28/2010 - 16:31 Portuguese
Poesia/Aphorism Rubra Janela da tarde 2 1.370 07/30/2010 - 18:42 Portuguese
Poesia/Intervention Ziguezagueia destino ziguezagueante 3 1.279 07/18/2010 - 14:12 Portuguese
Poesia/General Os trilhos estão indo... 3 1.120 07/05/2010 - 04:27 Portuguese
Poesia/General Laços da língua 1 1.365 06/18/2010 - 02:22 Portuguese
Poesia/Aphorism Arma que se arma 1 1.332 06/02/2010 - 17:06 Portuguese
Poesia/General Último dia Último 7 1.014 05/26/2010 - 19:35 Portuguese
Poesia/General A poesia está morta 2 1.055 05/15/2010 - 04:21 Portuguese
Poesia/General A privada do gigante 1 1.524 05/09/2010 - 22:32 Portuguese
Prosas/Others A criação do Demônio Interior 1 1.866 04/26/2010 - 19:19 Portuguese
Poesia/General Triste aperto de mãos 5 1.594 04/22/2010 - 23:29 Portuguese
Poesia/Intervention Entretanto, vicissitudes... 4 1.111 04/19/2010 - 16:18 Portuguese
Poesia/General Selo de poesia 5 1.384 04/12/2010 - 16:16 Portuguese
Poesia/Intervention Ferro quente 5 1.181 04/10/2010 - 18:33 Portuguese
Poesia/Love Cativo 4 1.486 04/06/2010 - 00:36 Portuguese
Poesia/General Colar boca a boca - Soltar boca da boca 3 1.174 03/31/2010 - 19:55 Portuguese