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QUEM É ELA, QUEM É ?




Quem ela, quem é?

 

Antecipei-me, já comi, já bebi,

Já comi quem me queria matar a mim,

Agora fiquei mais satisfeito,

  me tirou a ansiedade do meu peito.

 

A minha assassina estava dentro de mim,

Queria comer-me, para conseguir o meu fim,

A minha mente consegui ser mais forte,

E assim evitou a minha precoce morte.

 

Satisfiz a vontade da minha assassina,

Enchi a minha barriga e ela ficou quietinha,

E assim não mais me incomodou,

A sua vontade satisfeita me poupou.

 

Ela comia-me se eu não a comesse,

Eu fazia tudo para que ela se esquecesse,

De que nada tinha para lhe dar,

E ela faminta não parava de me ameaçar.

 

Quantas e quantas vezes eu roubava,

Comida senão comigo ela acabava,

Arriscava a minha vida roubando pão,

Para que acabasse com esta minha aflição.

 

Muitas vezes esteve em risco o meu ser,

Porque ela pedia que eu lhe desse de comer,

Forçava o apetite da minha vontade,

No princípio do tempo da minha idade.

 

Eu queria matá-la mas não tinha poder,

Ela tinha mais força do que eu, podia morrer,

Fazendo de migalhas a força e o meu alento,

Eu a ia enganando com o meu fraco sustento.

 

Sobrevivi, matei-a de vez, a minha vida mudou,

De barriga sempre cheia ela nunca mais me importunou,

Livrei-me dela, nunca mais me afligiu,

E por isso estou aqui a minha assassina fugiu.

 

 

 

Tavira, 27 de Janeiro de 2011 - Estêvão

 

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domingo, maio 5, 2013 - 10:50

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José Custódio Estêvão

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