A Espiga
Era um fedelho
Numa escola e tanto,
Pintou apenas uma tela
Entre tantas
Naquela sala enorme.
Mas ele,
Sem arte nem pincéis
No meio dos artistas abastados
Com paletas de cores,
Com mais de mil e muitas
Só conhecia duas:
A preta, amiga da dor
E a amarela, amiga do sol.
Para tão pouca imaginação
O fedelho apenas sabia de onde vinha o pão
Que o diabo amassou.
Do negro, saiu a espiga
Pintada de amarelo.
Tinha esperança de ser Rainha
Apenas por um dia,
Talvez até menos!
Bastava apenas um beijo
E o fedelho diria que apenas com uma tela Negra
Nasciam espigas amigas do sol
Que mais não eram do que carinhos.
O fedelho, ali ficou sentado na esperança
Que a Nascente aparecesse a luz.
Esperou, esperou, e assim morreu a primeira espiga
Amiga do Fedelho.
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Thursday, August 6, 2009 - 00:04
Poesia :
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Comments
Re: A Espiga
Bonita história.
Este poema apela à emoção, como já me aconteceu em outros da tua autoria.
Um abraço
Re: A Espiga
Caro amigo,
Muito obrigado pelas palavras maravilhosamente vestidas. Fico contente que a minha escrita provoque esse sentimento, é sinal que estamos a interagir.
Um Abraço
JLL
Re: A Espiga
mt bom...
:-)
Re: A Espiga
Olá Keila!
Muito obrigado pela leitura e especialmente pelo carinho.
Beijo
JLL
Re: A Espiga
Quem se atreve a sonhar num mundo adverso...
E quem consegue esperar mais que o finito, quando tudo o que viu.... morreu...
Bom poema.
Abraço...
Re: A Espiga
Caro amigo!
Quando somos crianças somos capazes de sonhar com tudo e acreditar no dobro.
Sem contar chega a desilusão, mas mesmo assim somos capazes de ultrapassar e continuar a vida com novos sonhos.
Um abraço
JLL