O Outro
Sinto um som estranho
Para lá da porta fechada
Eu não sou, estou por cá
A ti não te espero
Perdi-te já faz tempo
Será o futuro a assobiar
Ou o passado a agoniar
Na mesinha de cabeceira
Vive a moldura
Habita por lá um rapaz
Veste calções
Abato-a com um olhar
Viro-me
Aconchego-me
Arrumo um sonho
E parto
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Monday, November 16, 2009 - 17:56
Poesia :
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Comments
Re: O Outro
Uma ânsia de querer abandonar os momentos nostálgicos, iludem-nos com a presença momentânea de retratos vivos ma nossa memória.
Uma vontade, essa sim, uma outra mais pertinente , por ser omnipresente, transforma a nossa realidade,, numa circunstância viva, e que o sonho, essa película infiltrada nos dê tréguas e nos faça seguir caminhos outros, em novos sonhos
Este poema “Outro”, é um daquelas poemas, a que me habituaste a ler, desde que os meus olhos descansaram nas tuas palavras, e que muito aprecio, como sabes, por teres uma forma peculiar e inconfundível de te expressares na poesia.
Um beijo
Dolores Marques
Re: O Outro
Olá Dolores!
Muitas vezes é necessário descansar a alma juntamente com os olhos.
Recebo todos os teus comentários com os braços abertos, mas a vida exige muito mais de nós do que poesia.
Dias há, para mim, para ti, que é necessário saber dizer basta ao erro.
O erro não fica mais desbotado com o tempo, nem menor. No dia que o abrires, verás que tem a cor do dia em que o encerraste dentro de ti, nada mudou.
Saber recuar um dia é saber dar cor á vida. Saibam os poetas interpretar a alma, dar-lhe a coragem da vida que não tem poesia.
Na poesia podes sempre mudar de nome, nos actos serás sempre a Dolores.
No dia que recuares, encontrarás o mesmo José, e até o poeta é o mesmo.
O “outro” é poesia. Eu, não gosto dele, e tenho a certeza de que tu também não irias gostar. Era bom rapaz, mas menos compreensivo, diria até que mais burro.
Beijo Dolores
Re: O Outro
Fantástico
Um sonho perdido no passado...e partes (des)aconchegado no outro caminho
Adorei
Abraço
Re: O Outro
Caro Amigo!
Obrigado pelo teu comentário.
Para quem escreve é sempre importante saber que foi bem acolhida a nossa escrita, incentiva a continuar.
Um abraço
JLL
Re: O Outro
Não sei o que hei de fazer das minhas sensações. Não sei o que hei de ser comigo sozinho. Quero que ela me diga qualquer cousa para eu acordar de novo. Alberto Caeiro
Na vida não se vive sozinho, a solidão torna-te companheira, e a pegas pelo braço e no vazio dá-le um beijo oco. Encantador poema.
Anita
Re: O Outro
Olá Anita!
Obrigado pelo seu comentário expressivo.
Na juventude tomamos caminhos que um dia a responsabilidade reclama. Ficamos então a pensar o que seria a nossa vida se as opções fossem mais correctas. Passamos então uma fase da vida onde nasce uma altercação com o rapaz de calções, felizmente, hoje, já voltei a falar com a minha juventude.
Continuo sem saber como seria no outro caminho.
Um beijo
JLL
Re: O Outro
E de sonho em sonho
vai o poeta
por aí
em agonia
mas assobiando
ao futuro.
Gostei do poema.
Um abraço
P.S.: Tu arrumas sonhos??? ;-)
Re: O Outro
Caro Amigo!
É um prazer receber sempre um teu comentário.
Assim é, e mais nada faria sentido se não encarecemos apenas o futuro. Do passado ficamos com as maldades apenas para poder escrever a poesia.
Obrigado pelo comentário
Abraço
JLL
Re: O Outro
Parabéns pelo belo poema.
Gostei.
Um abraço,
REF
Re: O Outro
Caro Roberto!
Fico sempre contente quando os meus amigos leitores gostam do que vou escrevendo.
Obrigado pelo comentário
Um abraço
JLL