Eis-te aí, TEMPO, num ano novo
Guerreio(-me).
Travo lutas mentais.
Campo de batalha,
sem espaço delimitado.
Vão para qualquer lado.
São estocadas fatais
em estertor pensamento.
No limite, enforcam
as palavras. É o fim.
Travo lutas mentais.
Campo de batalha,
sem espaço delimitado.
Vão para qualquer lado.
São estocadas fatais
em estertor pensamento.
No limite, enforcam
as palavras. É o fim.
O pacto de paz, penso,
acontece no sono…
Nada sinto, nada me diz.
Estado próximo da hibernada morte,
interregno breve, escassas horas
do esquecimento de mim.
Há um culpado
de atroz ferocidade.
Mata sem piedade.
Todos lhe apontam o dedo.
Mas ele, TEMPO, imune,
ri-se do degredo.
Dono, gere o mundo.
É nesta luta desigual
que passou mais um Natal.
Será neste tempo real
– inventando outro calendário
e desfiando o meu inventário –
que te saúdo, ano novo!
OF 30-12-12
Secamos muitas palavras de tanto as usarmos,nestas épocas de rituais consagrados. Ocorre-me, nesta linha de pensamento, desejar-te que o tempo seja teu parceiro nos projetos a concretizares.
Esperançada, ofereço-te este 2013! Eu já o domei e os sonhos já negociei. Faz o mesmo!
Esperançada, ofereço-te este 2013! Eu já o domei e os sonhos já negociei. Faz o mesmo!
Submited by
Monday, December 31, 2012 - 13:07
Poesia :
- Login to post comments
- 2003 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of Odete Ferreira
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditation | Revista ao corpo, minha casa | 12 | 3.135 | 02/24/2012 - 22:08 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | Soltando o espartilho da alma | 18 | 4.871 | 02/22/2012 - 21:59 | Portuguese | |
Prosas/Others | Podia ter acontecido | 10 | 2.986 | 02/12/2012 - 19:10 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Monólogo socrático | 6 | 2.415 | 02/05/2012 - 02:52 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Fintei o primeiro dia do Ano Novo! | 2 | 4.181 | 01/09/2012 - 02:30 | Portuguese | |
Poesia/Friendship | 2012...Já? | 8 | 3.796 | 01/09/2012 - 02:08 | Portuguese | |
Poesia/Friendship | Alquimia do Natal - Boas Festas | 4 | 4.874 | 01/09/2012 - 01:54 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Palavras rendilhadas em mantas de retalhos | 4 | 5.096 | 01/09/2012 - 01:47 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Serenidade | 8 | 3.443 | 01/09/2012 - 01:38 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | O Natal de luz natural | 0 | 4.258 | 12/22/2011 - 17:11 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Gente, pessoa, ser humano... | 0 | 2.608 | 12/21/2011 - 20:05 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Receio o sorriso da indiferença | 4 | 2.310 | 12/19/2011 - 15:23 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Operação (im)possível: dissecação da alma | 2 | 3.684 | 12/15/2011 - 02:02 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | "Todos os dias penso em ti" | 4 | 4.304 | 12/15/2011 - 01:58 | Portuguese | |
![]() |
Fotos/Events | Lançamento do livro Poesias Fotográficas de Carlos Alvarenga | 3 | 2.327 | 12/15/2011 - 01:52 | Portuguese |
Poesia/Meditation | Que ser é o meu ser? | 10 | 2.813 | 12/08/2011 - 22:45 | Portuguese | |
![]() |
Fotos/Events | Participação no lançamento de Poesias Fotográficas de Carlos Alvarenga | 0 | 2.257 | 12/08/2011 - 19:12 | Portuguese |
Poesia/Fantasy | Breve encontro com o tempo | 4 | 3.138 | 12/07/2011 - 01:21 | Portuguese | |
![]() |
Fotos/Landscape | Poema-Enfeito a alma dos jardins | 0 | 2.043 | 12/05/2011 - 23:55 | Portuguese |
Poesia/Thoughts | Pensamento de um dia (in)vulgar... | 4 | 5.574 | 12/05/2011 - 23:37 | Portuguese | |
Poesia/General | Neste dia será assim! | 8 | 2.832 | 11/30/2011 - 22:42 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Crónica dominical - Pai versus filha | 0 | 1.497 | 11/28/2011 - 12:31 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | A Sustentável boca do ser | 10 | 3.832 | 11/26/2011 - 22:09 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | Roupa enamorada | 7 | 4.167 | 11/22/2011 - 21:29 | Portuguese | |
Prosas/Others | O hábito faz o monge (prefiro o provérbio assim...) | 0 | 5.826 | 11/21/2011 - 23:16 | Portuguese |
Comments
Eis-te aí, TEMPO
E que seja um TEMPO dourado por pensamentos, palavras e versos, Poeta!
A tua inspiração começou O PRIMRIRO em alta!! "Ação preventiva: inventar, antes de acordar, cores para cada sonho a realizar em cada dia…" Belo e incentivador, Odete. Vamos a ele, Poeta (também não há como escapar-lhe LOL) e que lhe deixemos marca, que afinal nós é que o fazemos ou desfazemos. Pois que seja inesquecível, tanto quanto der.
Beijo
Nuno
P/Nuno Lago (Eis-te aí, Tempo...)
"Pois que seja inesquecível, tanto quanto der"
Permite-me responder, iniciando com a tua última frase: penso que o será, de facto, se calhar por motivos geralmente avessos aos amantes das palavras. Bem podiam ser as palavras alimentos também corporais...
O que vier virá, nada podemos contra o inexorável!
Agora o que pode ser apenas nosso, há que não cair na apatia e elevar bem alto os gritos poéticos!
Obg, amigo Nuno. Bjo :)