CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

A bagagem da maturidade.

Há muito que fazer
Quando se pensa que já se fez muita coisa.
Talvez tudo que tenha sido feito
Não tenha sido o bastante,
E certamente tudo que foi feito
Poderá agora ser feito
Infinitamente melhor.
Pois agora está aguçado
O poder da maturidade.

Só quem viveu muito
É que sabe que tudo é muito breve.
Só quem viveu muito
É que sabe que tudo que foi feito
Não foi o suficiente.
Só quem viveu muito
É que sabe que ainda não sabe de nada.

A vida é intermitente,
Assim como os desejos mais profundos
Que nos consome a alma.
Quem pensa que a vida acabou
Pode descobrir num piscar de olhos
Que ela está apenas a começar.
Quem pensa que está na metade do caminho
Pode descobrir que sequer deu o primeiro passo.

Não nos deixemos levar pelo cansaço.
Que as veias da maturidade
Se transformem em nervos de aço.
Que o coração calejado pelo tempo
Se rejuvenesça a cada nascer do sol.
Que o dia-a-dia ainda seja airoso,
Mesmo que ele surja com ares de penoso.

Ainda resta muito a fazer
Quando se carrega longos anos
De experiência na bagagem.
A viajem ainda é longa,
E as pedras ainda estão no caminho,
Mas pelo menos agora,
Já se sabe onde pisar.

Submited by

sábado, agosto 14, 2010 - 08:10

Poesia :

No votes yet

Brunorico

imagem de Brunorico
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 8 anos 9 semanas
Membro desde: 03/05/2009
Conteúdos:
Pontos: 528

Comentários

imagem de varenkadefatima

Re: A bagagem da maturidade.

Poeta,
Acho que vivi um pouco,o que apreidi foi pouco e quero viver
o bastante para saber um pouquinho mais.
Adorei o texto!!!

Abraço

Varenka

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Brunorico

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral Insanidade visceral. 1 1.283 05/05/2010 - 23:08 Português
Poesia/Dedicado Apolínea. 0 1.268 05/10/2010 - 01:57 Português
Poesia/Meditação Esboço poético desvairado. 1 1.329 05/14/2010 - 21:38 Português
Poesia/Tristeza O novo envelheceu. 1 1.292 05/16/2010 - 19:21 Português
Poesia/Meditação Palavras vazias. 2 1.404 05/16/2010 - 19:25 Português
Poesia/Meditação Medíocres virtuosos. 0 1.300 05/29/2010 - 18:47 Português
Poesia/Desilusão Onde estão as flores? 1 1.179 06/07/2010 - 21:31 Português
Poesia/Geral Subsistência. 2 1.326 06/11/2010 - 04:47 Português
Poesia/Desilusão Dónde estás la revolución? 1 1.166 06/21/2010 - 22:37 Português
Poesia/Desilusão Sinuca. 1 1.272 07/02/2010 - 15:12 Português
Poesia/Geral Mesmo que ninguém me leia. 1 1.549 07/19/2010 - 16:22 Português
Poesia/Fantasia Sonho efêmero. 3 1.477 08/05/2010 - 01:29 Português
Poesia/Amor Desregrado e desafinado. 2 1.437 08/12/2010 - 18:14 Português
Poesia/Meditação A bagagem da maturidade. 1 1.324 08/14/2010 - 11:03 Português
Poesia/Meditação Um morto perdido no tempo. 2 1.251 09/01/2010 - 01:45 Português
Poesia/Meditação Conselhos de um eremita. 0 1.399 11/17/2010 - 23:20 Português
Poesia/Meditação Sapiência infantil. 0 1.142 11/17/2010 - 23:21 Português
Poesia/Geral Medo de acordar. 0 1.205 11/17/2010 - 23:39 Português
Poesia/Geral Misantropo até a morte 0 1.386 11/17/2010 - 23:39 Português
Poesia/Geral O saudosista 0 1.290 11/17/2010 - 23:41 Português
Poesia/Geral Vidas orquestradas. 0 1.211 11/18/2010 - 16:01 Português
Poesia/Pensamentos Cá entre nós. 0 1.302 11/18/2010 - 16:17 Português
Poesia/Desilusão Sonhos envelhecidos. 0 1.403 11/18/2010 - 16:27 Português
Fotos/ - 1025 0 1.869 11/24/2010 - 00:37 Português