CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
O novo envelheceu.
Pegarei o chapéu de palha
Que não tenho,
Colocarei na cabeça,
E seguirei em busca de
Um velho caminho,
Pois o novo já envelheceu.
Caminharei por trilhas de pedra,
Com vestígios de relva.
Sentarei à beira-mar
Para ver o sol raiar,
E depois irei apreciar
A gigante lua
Em seu mais belo desabrochar.
Poderei fazer isso por
Dias e noites sem cessar,
Mas será sempre o mesmo sol,
E será sempre a mesma lua,
Ora lua nova, ora lua nua.
Desiludido...
Voltarei a caminhar na rua,
E reencontrarei
Uma velha nova aventura:
Encontrar algo novo de fato,
Que me fortaleça
E me reconstrua.
Mas não possuo mais esperança.
Para dizer a verdade,
Até ter esperança já me cansa.
O que era avançado retrocedeu.
Quem dizia me amar,
Hoje diz mais mentiras
Que um pastor ateu.
Quem se intitulava revolucionário
Infelizmente já morreu.
E até quem quebrou espelhos,
Hoje tem mais sorte do que eu.
E o pior disso tudo:
Tudo que era novo
Já apodreceu.
Só me resta jogar fora
Meu chapéu de palha,
Que parece-me ajudar,
Mas na verdade me atrapalha.
E recolher-me por fim,
Em minha velha e inseparável mortalha.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1672 leituras
Add comment
other contents of Brunorico
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Fotos/ - | 1025 | 0 | 2.234 | 11/24/2010 - 00:37 | Português |
Poesia/Desilusão | Sonhos envelhecidos. | 0 | 1.878 | 11/18/2010 - 16:27 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Cá entre nós. | 0 | 1.635 | 11/18/2010 - 16:17 | Português | |
Poesia/Geral | Vidas orquestradas. | 0 | 1.521 | 11/18/2010 - 16:01 | Português | |
Poesia/Geral | O saudosista | 0 | 1.639 | 11/17/2010 - 23:41 | Português | |
Poesia/Geral | Misantropo até a morte | 0 | 1.666 | 11/17/2010 - 23:39 | Português | |
Poesia/Geral | Medo de acordar. | 0 | 1.521 | 11/17/2010 - 23:39 | Português | |
Poesia/Meditação | Sapiência infantil. | 0 | 1.610 | 11/17/2010 - 23:21 | Português | |
Poesia/Meditação | Conselhos de um eremita. | 0 | 1.739 | 11/17/2010 - 23:20 | Português | |
Poesia/Meditação | Um morto perdido no tempo. | 2 | 1.514 | 09/01/2010 - 01:45 | Português | |
Poesia/Meditação | A bagagem da maturidade. | 1 | 1.640 | 08/14/2010 - 11:03 | Português | |
Poesia/Amor | Desregrado e desafinado. | 2 | 1.820 | 08/12/2010 - 18:14 | Português | |
Poesia/Fantasia | Sonho efêmero. | 3 | 1.821 | 08/05/2010 - 01:29 | Português | |
Poesia/Geral | Mesmo que ninguém me leia. | 1 | 1.809 | 07/19/2010 - 16:22 | Português | |
Poesia/Desilusão | Sinuca. | 1 | 1.580 | 07/02/2010 - 15:12 | Português | |
Poesia/Desilusão | Dónde estás la revolución? | 1 | 1.520 | 06/21/2010 - 22:37 | Português | |
Poesia/Geral | Subsistência. | 2 | 1.661 | 06/11/2010 - 04:47 | Português | |
Poesia/Desilusão | Onde estão as flores? | 1 | 1.460 | 06/07/2010 - 21:31 | Português | |
Poesia/Meditação | Medíocres virtuosos. | 0 | 1.636 | 05/29/2010 - 18:47 | Português | |
Poesia/Meditação | Palavras vazias. | 2 | 1.764 | 05/16/2010 - 19:25 | Português | |
Poesia/Tristeza | O novo envelheceu. | 1 | 1.672 | 05/16/2010 - 19:21 | Português | |
Poesia/Meditação | Esboço poético desvairado. | 1 | 1.607 | 05/14/2010 - 21:38 | Português | |
Poesia/Dedicado | Apolínea. | 0 | 1.568 | 05/10/2010 - 01:57 | Português | |
Poesia/Geral | Insanidade visceral. | 1 | 1.600 | 05/05/2010 - 23:08 | Português | |
Poesia/Meditação | Preciso dizer que... | 1 | 1.572 | 04/26/2010 - 03:06 | Português |
Comentários
Re: O novo envelheceu.
Bruno,
Em tempos que o novo envelheceu, andar em retidão é fonte de sabedoria.
Bom refletir em tua escrita.
Abraço