CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

INSULTO

Insulto

 

 

 

A terra insultada vinga-se dando flores,

Em troca das feridas  e dos horrores,

Que todos lhe fazemos sem antes pensar,

Que vivemos nela, devíamos beijar,

Esta terra que pisamos com desprezo,

Sendo ela nossa mãe desde o terno berço.

 

Caem as bombas fica a terra desventrada,

E a terra em troca, fica calada,

Cria sementes nas feridas cheias de água,

Sem vingança e sem motivos de mágoa,

Cria vida para tapar o luto da morte,

E deixa os homens decidir a sua sorte.

 

Cortam os seus braços erguidos ao céu,

Deixam a terra nua insultada, nem tudo se perdeu,

Opera transformações mas não muda o seu semblante,

Continua a dar flores sem se tornar arrogante,

Dando exemplos aos seus filhos de benevolência,

Mas esta terra que faz nascer também perde a paciência.

 

O que os seus filhos levam anos a fazer,

Esta terra em segundos de tempo faz tudo morrer,

Mas não é de vingança, é a sua Natureza,

Dá flores aos seus filhos e eles dão-lhe tristeza,

Dá-lhes também inteligência para poderem pensar,

Que tudo o que ela cria para ela tudo vai voltar.

 

A terra que insultamos jamais se vinga em nós,

Apenas nos cria e nos transforma, sem ter voz,

Dá-nos as condições para podermos viver,

Dá-nos as flores e o trabalho logo ao nascer,

E cada um de nós que haja segundo a sua vontade,

E cada um com o seu conceito de felicidade.

 

 

Tavira, 25 de Junho de 2011-Estêvão

Submited by

terça-feira, novembro 26, 2013 - 12:31

Poesia :

No votes yet

José Custódio Estêvão

imagem de José Custódio Estêvão
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 1 ano 48 semanas
Membro desde: 03/14/2012
Conteúdos:
Pontos: 7749

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of José Custódio Estêvão

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Fantasia DA MINHA JANELA 0 929 02/05/2014 - 16:14 Português
Poesia/Meditação FLORES À VIDA! 0 1.051 01/29/2014 - 17:24 Português
Poesia/Meditação DAR 0 864 01/23/2014 - 11:30 Português
Poesia/Meditação AS QUEDAS QUE EU DEI 0 898 01/14/2014 - 11:35 Português
Poesia/Meditação E ASSIM VOU PENSANDO 0 1.292 01/08/2014 - 12:43 Português
Poesia/Meditação AS VOLTAS DA VIDA 0 1.846 01/03/2014 - 17:57 Português
Poesia/Meditação O MEU PAI SOL 0 1.887 12/31/2013 - 19:51 Português
Poesia/Fantasia PRIMAVERA TODO O ANO 0 1.001 12/28/2013 - 12:42 Português
Poesia/Amor O MEU POR-DO-SOL 0 878 12/24/2013 - 12:42 Português
Poesia/Meditação PORQUE SERÁ? 0 790 12/21/2013 - 13:02 Português
Poesia/Meditação O SABER E O AMOR 0 996 12/18/2013 - 20:12 Português
Poesia/Meditação VENHO DE TÃO LONGE 0 805 12/13/2013 - 19:31 Português
Poesia/Amor O ENCANTO DA LUA 0 1.393 12/13/2013 - 19:20 Português
Poesia/Meditação SEDE 0 1.197 12/10/2013 - 11:31 Português
Poesia/Amor VIVER AMANDO 0 1.228 12/06/2013 - 15:49 Português
Poesia/Amor PARABÉNS 0 1.190 12/04/2013 - 12:47 Português
Poesia/Meditação DEIXEM-ME PENSAR 0 1.156 12/01/2013 - 00:09 Português
Poesia/Meditação AS MINHAS PERNAS 0 924 11/29/2013 - 12:46 Português
Poesia/Meditação INSULTO 0 1.380 11/26/2013 - 12:31 Português
Poesia/Meditação O PRAZO DA VIDA 0 1.286 11/23/2013 - 14:35 Português
Poesia/Meditação SOLIDÃO 0 884 11/21/2013 - 17:41 Português
Poesia/Tristeza FILHOS DE NINGUÉM 2 1.821 11/18/2013 - 17:48 Português
Poesia/Desilusão INTERESSE 0 987 11/16/2013 - 17:48 Português
Poesia/Meditação CINZAS 1 1.764 11/15/2013 - 10:59 Português
Poesia/Meditação CINZAS 1 757 11/14/2013 - 17:10 Português