O TEMPO NÃO SE QUEIMA, VIVE-SE
O tempo não se queima, vive - se
Eu não quero matar o tempo nada fazendo,
Eu quero viver o meu tempo bem vivendo,
A trabalhar a criar e até cantando,
Eu não quero viver o meu tempo chorando,
Não quero desperdiçar o tempo apenas a olhar,
Para o nada para o vazio para me matar.
O tempo é precioso em todos os momentos de viver,
Por isso eu não quero matar o tempo à espera de morrer,
Quero o tempo dentro da alma que tenho,
Por isso, tenho de ter determinação, arte ou engenho,
Pois se eu não viver o tempo, é o tempo que me mata,
Isso eu não quero, quero ter uma mente sensata.
Se eu disser não ao tempo só porque ele me quer usar,
Para criar o que eu não quero por não gostar,
Do que ele quer que eu faça dentro da minha solidão,
Sou eu mesmo e não ele que quer ser dono da razão,
O meu instinto criador é criador do meu tempo,
Portanto, sou eu que devo usar o tempo bem vivendo.
Usar o meu tempo apenas sentindo o vento,
E vivê – lo sem viver, apenas posso ser um lamento,
Assim, eu não quero viver o tempo, não quero não,
Quero usá – lo sempre sem reservas para bem do meu coração,
Pois assim, eu tenho coragem para o usufruir,
Pois o tempo que é meu e não o quero deixar fugir.
O tempo usa o meu presente e o meu passado,
Para me pôr à prova desde que fui criado,
Mostrando quem sou com a minha valentia,
E se nada lhe mostrar, apenas tenho cobardia,
Porque tenho medo de o usar sempre apenas comendo,
Mas eu assim, não sou, apenas sei viver o tempo vivendo.
Se eu pudesse vivia o meu tempo sempre com um sorriso,
Mostrando ao tempo a minha vida no meu viso,
Talvez o tempo sorrisse também sempre mais para mim,
E a minha alma seria muito mais alegre e não assim,
Tendo comigo a alegria de ir vivendo no tempo que uso,
E nunca teria por vezes o meu espírito tão confuso.
Tavira, 9 de Outubro de 2010 – Estêvão
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