Garatujas mundanas.

Queria efundir meus desejos
Em redomas perpendiculares
Que explodissem pelos ares
Assim que tais ambições
Não fossem outorgadas.

Cansei-me de ver
Coisas que não posso mudar,
Fadiguei meus neurônios
Na ilusão de achar
A cura para o mundo.
Não há antídoto para um veneno
Que já faz parte do sangue
Do infectado.
Há os que nem querem
Mais ser curados,
Haja vista o tempo
Em que já estão contaminados.

Não me adaptei
Ao que dizem ser plenamente adaptável.
Talvez eles estejam certos
E eu é que esteja errado.
Talvez o mundo tenha sido
Criado pra andar de ré
E ser isso que realmente é.

Queria não ter essa visão crítica
Que tenho, e não me abstenho.
Talvez fosse melhor
Viver a ver novela,
Pensar como um néscio
E achar a vida sempre bela.

Queria não ser diferente,
Para ser igual a toda essa gente
Que acha louvável ser imprestável.
Queria abdicar do que sou
Para ser igual aos demais
E quem sabe assim ter um pouco de paz.

Submited by

Domingo, Diciembre 13, 2009 - 22:18

Poesia :

Sin votos aún

Brunorico

Imagen de Brunorico
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 9 años 16 semanas
Integró: 03/05/2009
Posts:
Points: 528

Comentarios

Imagen de Henrique

Re: Garatujas mundanas.

Uma revolta poética, quiçá uma busca de paz...

:pint:

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Garatujas mundanas.

Depois de tanto tempo passado, o mundo não melhorou nada.
Também tenho a impressão que o mundo foi criado para ser assim mesmo como é. :-o

Ótimo poema.

Um abraço,
REF

Imagen de MarneDulinski

Re: Garatujas mundanas.

LINDO SEU POEMA POETA!
MAS TALVEZ POR PENSAR, QUE QUANTO MAIS SEI, QUE SEI, EU PENSO QUE NÃO SEI,TALVEZ POR ISSO, QUE ACHO A VIDA SEMPRE BELA!
E OU, NÃO ENTENDA AS TUAS GARATUJAS!
Meus parabéns,
MarneDulinski

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Brunorico

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Fotos/Perfil 1025 0 2.323 11/24/2010 - 00:37 Portuguese
Poesia/Desilusión Sonhos envelhecidos. 0 1.908 11/18/2010 - 16:27 Portuguese
Poesia/Pensamientos Cá entre nós. 0 1.670 11/18/2010 - 16:17 Portuguese
Poesia/General Vidas orquestradas. 0 1.563 11/18/2010 - 16:01 Portuguese
Poesia/General O saudosista 0 1.693 11/17/2010 - 23:41 Portuguese
Poesia/General Misantropo até a morte 0 1.708 11/17/2010 - 23:39 Portuguese
Poesia/General Medo de acordar. 0 1.579 11/17/2010 - 23:39 Portuguese
Poesia/Meditación Sapiência infantil. 0 1.642 11/17/2010 - 23:21 Portuguese
Poesia/Meditación Conselhos de um eremita. 0 1.813 11/17/2010 - 23:20 Portuguese
Poesia/Meditación Um morto perdido no tempo. 2 1.583 09/01/2010 - 01:45 Portuguese
Poesia/Meditación A bagagem da maturidade. 1 1.677 08/14/2010 - 11:03 Portuguese
Poesia/Amor Desregrado e desafinado. 2 1.868 08/12/2010 - 18:14 Portuguese
Poesia/Fantasía Sonho efêmero. 3 1.868 08/05/2010 - 01:29 Portuguese
Poesia/General Mesmo que ninguém me leia. 1 1.843 07/19/2010 - 16:22 Portuguese
Poesia/Desilusión Sinuca. 1 1.631 07/02/2010 - 15:12 Portuguese
Poesia/Desilusión Dónde estás la revolución? 1 1.555 06/21/2010 - 22:37 Portuguese
Poesia/General Subsistência. 2 1.689 06/11/2010 - 04:47 Portuguese
Poesia/Desilusión Onde estão as flores? 1 1.479 06/07/2010 - 21:31 Portuguese
Poesia/Meditación Medíocres virtuosos. 0 1.668 05/29/2010 - 18:47 Portuguese
Poesia/Meditación Palavras vazias. 2 1.828 05/16/2010 - 19:25 Portuguese
Poesia/Tristeza O novo envelheceu. 1 1.722 05/16/2010 - 19:21 Portuguese
Poesia/Meditación Esboço poético desvairado. 1 1.641 05/14/2010 - 21:38 Portuguese
Poesia/Dedicada Apolínea. 0 1.609 05/10/2010 - 01:57 Portuguese
Poesia/General Insanidade visceral. 1 1.652 05/05/2010 - 23:08 Portuguese
Poesia/Meditación Preciso dizer que... 1 1.642 04/26/2010 - 03:06 Portuguese