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CO2
O ar perdeu-se nos pulmões dela, divagou por alvéolos, queria enche-la, preenche-la, ser parte dela...
Foi ele que enviou o ar ao seu encontro, pediu que o ar fosse o corpo invisível dentro do corpo que lhe era impossível abraçar...
Ela respirou-o de olhos fechados sentindo-se inteira pela primeira vez, a alma dela embalou-se no aroma atípico do oxigénio como se o perfume tivesse absinto...
Prendeu-o dentro de si em orgasmos múltiplos de dióxido de carbono...
Se ele fosse agua ela aprenderia a respirar por brânquias, filtrando-o em litros e litros de mar, sem nunca o deixar ao acaso...
Expandiu a caixa de ar o mais que pode para lhe dar liberdade, não seria carcereira claustrofóbica da sua fluidez, doía-lhe o peito por querer tanto faze-lo feliz, alargando compartimentos dentro do seu labirinto respiratório...
Se ele tivesse espaço, se ele se sentisse confortável, talvez escolhesse ficar...
Fechou a boca, resolveu suste-lo em respiração, e morreu preenchida pelo seu fôlego!
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Comentários
Re: CO2
Acredito que fumar é menos mortal que apaixonar-se...
É por isso que fumo... e evito a todo o custo a segunda hipotese...
;-)
Beijo...
Re: CO2
Uma morte alegórica, mas bem ilustrada de categorizada
Bjs
Re: CO2
Esse poema pintado com suavidade e preenchido com fôlego. Maravilhoso. bj
Re: CO2
LINDO, obrigada por proporcionar uma leitura destas.
Beijos,
Anabela Carrazedo
Re: CO2
Tanta falta de ar em tanto oxigênio. A prisão da ansiedade da perda, suicidando-se pela ânsia de viver.
Senti-me neste teu texto, como sempre...
Belíssimo, vai para minhas prosas favoritas.
BEIJOS.
Re: CO2
Purpurinamente aliciante na opurtunidade de nossos alvéolos acompanharem tal exercicio de bem absorver, de bem expandir a caixa de ar, e assim rebentar de tanto amar...
Deliciosamente Brise!